As Pessoas no centro da Estratégia de Educação e Ciência |
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Escrito por Alexandre Caldas | |
01-Sep-2011 | |
O capital humano terá um peso extraordinariamente superior a todos os outros recursos na criação de riqueza no sector da Educação e Ciência, e consequentemente nas sociedades do conhecimento, na economia e sociedades do futuro próximo. Assim sendo, não faz sentido nenhum adoptar uma estratégia que não reforce significativamente as competências, a valorização das pessoas, professores, alunos e funcionários, docentes e investigadores, empresários e inovadores, toda a riqueza de capital humano associada a escolas, universidades, politécnicos, centros de investigação, tecnopólos, centros tecnológicos, associações empresariais, empresas, …
E valorizar as Pessoas significa em primeiro lugar criar-lhes um quadro de futuro, uma motivação para investirem na qualidade, na inovação, no ensino e aprendizagem ao longo da vida. Isto não é de todo o que se avizinha nos tempos mais próximos. Os tempos presentes são de reduzir, de despedir contratados, de aumentar os rácios professores / alunos, educadores crianças (veja-se exemplos recentes). Só quando verdadeiramente se assumir que as Pessoas estão no centro da estratégia de Educação, só nessa altura poderemos esperar motivação, empenho, dedicação, trabalho…esse valor máximo de todos os homens em sociedade…o trabalho competente e dedicado. No médio e longo prazo, permitirá isto investir na sustentabilidade do sistema de ensino, tecnologia e inovação: a) A aprendizagem ao longo da vida; b) A qualificação de competências tecnológicas; c) O avançar da ciência na fronteira das disciplinas científicas; d) A inovação tecnológica nas empresas; e) A plena integração das pessoas nas redes de saber nacionais e internacionais Mas valorizar as Pessoas significa também a qualificação e melhoria de desempenho: Daí que em qualquer país de desenvolvimento científico intermédio (que não é o nosso caso ainda), os indicadores de produtividade das pessoas e instituições constituam critério de desempenho e de retribuição. Sem uma clara e transparente atribuição de responsabilidades, nunca o trabalho das Pessoas será devidamente recompensado. A avaliação é assim não só um factor de necessidade mas absolutamente indispensável. Era assim infinitamente melhor para o País, deixarem-se os responsáveis de olhar para o problema de vários e muitos ângulos e pontos de vista e avançar para um sistema (ainda que imperfeito para já) mas que possa daqui por uns anos ser considerado eficaz e naturalmente justo. Mas que tem de ser implementado, disso não há qualquer dúvida. Sob risco de condenarmo-nos a todos (nossos netos incluídos) à mediocridade do passado…e não à grandeza do futuro. Sem pessoas, não há esperança de desenvolvermos um sistema de ensino moderno, inovador e de futuro. Quanto mais a ciência, tecnologia e inovação… Sem as Pessoas, a sociedade do conhecimento em Portugal não passará de uma miragem a mais de século e meio de distância. Não podemos perder mais oportunidades. 31 de Agosto 2011 Alexandre Caldas
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